terça-feira, 30 de outubro de 2007

Pensando bem...

Após alguns erros e desilusões você chega a conclusão que apenas o auto-conhecimento e a espiritualidade poderão ajudá-la a ver as coisas sobre uma outra perspectiva. Te disseram que "o crescimento se dá em forma de espiral", e você acredita que sempre poderá fazer melhor do que já fez. E assim é. Você vai à terapia, lê sobre budismo, até vive algumas experiências em meditações (zen, tibetana e suas demais variações). No meio disso tudo logo você aprende que a mente é uma coisa muito perigosa. Especialmente os pensamentos desnecessários. Normalmente eles são formados por um apego excessivo ao passado e uma preocupação recorrente em relação ao futuro. Resultado disto tudo: você não consegue curtir o presente. Daí você pensa: farei diferente a partir de agora!

Mas é difícil...

Especialmente quando se trata de um "reconhecimento afetivo de área." É muito comum, nessas situações iniciais, haver um jogo de esconde e mostra. Dizer as coisas pela metade. Sim e não. Então, você rapidamente esquece tudo que aprendeu nos últimos tempos a respeito do auto-controle. E logo entra em prática uma mente danada, capaz de buscar vários elementos desconexos (ou nem tanto) para que você consiga criar sua própria versão dos fatos. "É preciso, mesmo que casual, saber onde estou pisando", você se consola. Nestas horas qualquer frasco de desodorante, copo sujo, lembrança de festa de casamento, foto de férias, adesivo, roupa, ou seja, tudo que estiver no seu campo de visão servirá para você criar uma estória. "Ah, então quer dizer..."

Mas você até que não é de todo amadora. No quesito fingimento você tem mandado bem. No final ainda passa a impressão de mulher forte, desencanada e bem resolvida.

É isto.

ps: mas estou feliz. foi muito bom. quero bizz!

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