domingo, 15 de março de 2009

Minha casinha

Meu apê está lindinho. E é o lugar onde eu mais gosto de estar ultimamente. Só falta mais uma coisinha. Uma companhia.

Pensamentos

Meus pensamentos oscilam bastante. Tem momentos que eu concluo que acabou definitivamente. Na realidade eu penso mesmo é que nunca existiu nada. E mais todo o pacote: que você foi bem egoísta - o tempo todo. Não raro foram as vezes que nem se deu o trabalho de ir comigo até a porta ou portão de casa para me dizer tchau. Eu simplesmente ia embora. E você voltava a fazer aquilo que te interessava (dormir, trabalhar, escutar música, enfim).

Outra coisa que eu penso é que está na hora de tentar mudar. Experimentar outras companhias. E me arrisquei. Mas não deu lá muito certo.

E por fim volto a pensar que bom mesmo era o seu abraço. O seu cheiro. A sua boca. E a até a frequencia da sua respiração.

Panic

Eu adoro o Morrissey. As músicas, a voz e a postura. Hoje na Folha saiu parte de uma entrevista que ele deu para uma publicação... não sei de que país. Mas vamos ao que interessa, que é uma das partes da entrevista:

"... PERGUNTA: Apesar disso, você se integrou à sociedade.
MORRISSEY: Não, jeito nenhum. Os valores que a sociedade favorece não são os meus. Não quero formar um casal bonito, não quero me integrar aos clichês, de uma vida doce, feliz e perfeita. Já há gente suficiente comprometida com isso - não é preciso que eu também o faça.

PERGUNTA: Isto é recusa ou incapacidade?
MORRISSEY: As duas coisas. Sou tremendamente individualista. Nego-me a ser capaz de pensar como meus vizinhos. Venho sobrevivendo assim há anos; controlo meu corpo e tenho poucas razões para andar na companhia daqueles que chamam de meus semelhantes.

PERGUNTA: Mas você vai a algumas festas de vez em quando, não?
MORRISSEY: Festas? Não, não. É entediante demais, de verdade. A presença das pessoas me desequilibra. A necessidade de falar... é difícil demais.

PERGUNTA: Com os Smiths, você cantava como é difícil viver no mundo. Esse ainda é um de seus temas mais importantes?
MORRISSEY: Sim. Não é um assunto que varie conforme mudam as tendências. Em todo caso, não vejo como eu poderia deixar de escrever sobre isso: escrever sobre a condição humana, não existe nisso nada de superado. É algo que será sempre natural.

...

PERGUNTA: É esse o tema da nova canção ´That´s how people grow up´?
MORRISSEY: Falo do fato de que, para começar, a gente precisa tentar encontrar seu próprio lugar no mundo, que tudo nos parece impossível, que é preciso ser forte, e então, quando a gente finalmente dá certo, se dá conta de uma coisa: está sozinho. Para o resto da vida."

Perfeito.