domingo, 4 de novembro de 2007

Reflexões

Minha mente está eufórica. Não paro de pensar um minuto nos acontecimentos dos últimos dias. Daí, chega a Veja desta semana (7/11) em casa. E eu me deparo com um texto belíssimo da Lya Luft. Selecionei alguns trechos para postar aqui. Vms lá:

"Problemas são privilégio dos humanos. Quem mandou andar ereto, quem mandou pensar? Quem mandou inventar a sociedade, trabalho, salário, teorias das mais abstrusas e, ainda por cima, política? Altos e baixos, magros e gordos, belos e feios, pobres e ricos, inteligentes e menos iluminados, problemas sempre teremos: com filho, com cônjuge, com patrão, com funcionários, com o fisco ou o governo, com amigos ou com burrice alheia. Nosso envolvimento vai armando uma trama que nos atrapalha e não nos deixa enxergar a claridade ou curtir os não-problemas...

... resolvi escrever escrever este artigo, lembrando o que me disse uma amiga: 'Quando a gente está muito atrapalhado, é bom parar e analisar o que sombreia nossa paisagem: são tragédias ou chateações? Na imensa maioria das vezes são apenas chateações'. Nunca esqueci essa fabulinha. Quando começo a querer me queixar da vida, penso nela.

'Com perdas só há uma coisa a fazer: perdê-las', escrevi certa vez. Algo parecido ocorre com os problemas. Com eles, só há duas saídas: uma é resolvê-los. Com os insolúveis, o jeito é perceber e aceitar. Duro aprendizado. Depois relegá-los a um segundo plano, abrindo-se mais para a vida - que é breve, é difícil, e não deixa o bonde passar muitas vezes, ah, não...

...Não acho que problemas devam ser ignorados. Frivolidade também mata. Mas há sempre o momento de parar para pensar, ou pensar menos e viver mais. Rever nossas estruturas, internas ou externas: o que posso resolver? O que devo esquecer ou superar para que não me sufoque ou me roube a luz de que preciso para enxergar outras coisas, coisas melhores?

..."

É isso.

Nenhum comentário: