Eu, ainda irritada

Olha isso, hoje na Veja, seção Gente (pág. 76):

Versão bonita e saudável
"Debaixo dos olhos de gatinho, das falsas tatuagens e do coque recheado com palha de aço, a modelo Isabeli Fontana, 24 anos, é uma versão extramente melhorada da roqueira-problema Amy Wineshouse..."
"...'Acho as roupas dela interessantíssimas. Se eu fosse rock star, teria o mesmo estilo', diz. 'É uma pena que use tanta droga'..."
"...'Eu nunca fui louca de me drogar. Só de ficar tendo filho', ri Isabeli, mãe de dois meninos."

Nossa! Fiquei tão irritada com esta nota... Por várias razões, e algumas delas são:

1º) Isabeli não é, nem nunca será, uma versão melhorada da Amy simplesmente porque: não tem a voz, nem a atitude da Amy. Imaginem vc´s, se Amy anunciaria o fim do seu romance para uma revista de fofocas, tendo como cenário para as fotos, uma praia linda do Brasil. Não, não, não. Quando ela teve uma crise no casamento, se inspirou e fez um CD, Back to Black. O resto da história muita gente já sabe...
2º) Para a Isabeli a Amy se resume em "roupas interessantíssimas". Pelo comentário, logo percebemos que ela não deve ter a menor senibilidade para captar o sentimento que sai da voz da Amy em suas canções;
3º) "É uma pena que use tanta droga". Esta foi demais! Oh Isabeli... Droga não é acessório, dear. Não se usa "muito" ou "pouco". Há o vício. Qualquer site do AA te ajudará entender do assunto (não é tão difícil assim...).

Humpf - again!