domingo, 27 de junho de 2010

E aí, pra variar você chega nos 5 minutos do 2º tempo com a conversa mais agradável do mundo. E eu, tbém só para variar, fui educada, e blá, blá, blá. Cansada deste assunto.
Mas esta batida veio em boa hora, se é que existe boa hora para este tipo de coisa. Foi tipo um "acorda minha filha" que Deus me mandou dos céus. Hora de ficar desperta!
Detesto as conversas intermináveis que tenho comigo mesma. Preciso urgente do Leonardo!
Acabo de bater meu carro. Susto. Comecei a chorar e não parava mais. Não vi nada. Quando vi já tinha batido. E como sempre, assumi a culpa (sem saber ao certo se era msm a culpada). Que coisa!
Mas o dia é de expectativa apenas na minha cabeça. Não combinamos nada. E eu, sinceramente, e talvez até por desespero, quero... Na realidade não sei mais o que eu quero.
Há praticamente 2 meses os finais de semana deixaram de ser simplesmente finais de semana. Se tornaram 2 dias de pura expectativa. Como cansa!

Clarice

"Levantei-me. O tiro de misericórdia. Porque estou cansada de me defender. Sou inocente. Até ingênua porque me entrego sem garantias."

sábado, 26 de junho de 2010

Mal coloquei os pés na casa da minha mãe e ouvi 1mm de problemas. Como ter energia para conviver com isto?
E na quinta-feira fizemos um programa tipicamente casal. De maneira não tão espontânea, você passou em casa e me pegou na porta do meu prédio. Fomos para a casa de um casal de amigos, aquele mesmo que nos apresentou. Programinha: comer founde e tomar vinho. Você, que no início estava meio distante, se tornava mais próximo a medida que as garrafas iam sendo esvaziadas. Foi uma noite bem agradável, com conversinhas legais e tudo mais. No final do jantar eu já tinha que pensar 2x antes de falar alguma coisa ou para ir do banheiro para sala e vice versa (bebi too much). Na volta para a minha casa me lembro de poucas coisas. Me lembro apenas que voltei deitada no seu colo, com a cabeça no seu peito. Nem sei muito bem como chegamos na minha rua. Mas chegamos. E aí, e aí, e aí. Na manhã seguinte ficamos juntos até às 10h. Você deitado na minha cama, me falando da sua vida, me fazendo carinhos, me deixando ainda mais envolvida por você. No finalzinho da manhã seu chefe te liga. E você vai passar 2 semanas, no mínimo, em El Salvador. É isto.

terça-feira, 15 de junho de 2010

"O que a gente faz depois que é feliz?" Clarice
A melhor coisa do jogo da copa: chegar em casa em 5 minutos. Al Campinas, Paulista e Consolação estavam vazias.
Domingo a tarde até segunda-feira de manhã foi um período delicioso. Poderia dizer que muito próximo da perfeição. Ideal de felicidade e intimidade. Desta vez já não estou mais tão esgotada com tantos pensamentos, se-sim-se-não-se-será-que-vai-acontecer-alguma-coisa... Estou em paz com que vivi e senti.
At least, até agora :-)

domingo, 13 de junho de 2010

FELICIDADE CLANDESTINA

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser. ”Entendem? Valia mais do que me dar o livro: pelo tempo que eu quisesse ” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
Momento "Fernanda". Momento de lidar com a insegurança - embora eu acha que esta será a última chance. Never say never. I know. Humpf!
Eu disse que não ia na academia hoje. Mas esta minha ansiedade não me deixa em paz. Então, let´s go suar. Pelo menos assim eu me canso um pouco - nem que seja fisicamente.
O dia dos namoados datou!

Sim, eu já pensei em dia dos namorados. Já fiquei mal por estar sozinha na data. Já tive raiva das flores. E também já fiquei nervosa em dia dos namorados em que namorava. Dar ou não dar presente? E se ele me der algo e eu não? E se for o contrário? Bem, se você está tensa com o dia dos namorados, gostaria de dizer uma coisa: isso passa com a idade.

Depois que você passa dos 35, o dia dos namorados data. E vira mais uma data qualquer, como o dia da água, o dia do carteiro ou do jornalista. Se você estiver casada, vai esquecer da data. Se estiver namorando, vai pensar, ah, que se dane. E se tiver solteira, vai ser igual. Um dia como os outros.

Hoje tem copa, tem trabalho, tem esse frio de matar. Hoje, as moças e os moços que eu conheço pensam em tudo. Menos no dia dos namorados. Se isso é triste? Não é nada. As prioridades mudam. As pessoas crescem. O tempo passa. E isso não é ruim. Mesmo. (nina lemos)

sábado, 12 de junho de 2010

Hoje o dia teve academia, massagem, ultrasson para queimar gordurinhas, mão, pé e depilação. ADORO!
E a ruminação vai perdendo força. Afinal, se permanecesse, alguém sairia mal nesta estória.

domingo, 6 de junho de 2010

Momento Fernanda (personagem, Mônica Martelli)

Eu li e reli os SMS´s umas 10x. Para cada trecho, uma pausa, uma interpretação. Ai, como eu queria não pensar em mais nada disso. Parece até uma certa obsessão. Por que a mente é esta coisa danada???
"Preciso de paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco-sem-saída".
Always Clarice
Hoje é dia de ficar refém na minha própria casa, já que terá a p*** da Parada. Um saco! 3 MM de pessoas, tudo parado, s/ poder circular, gente bêbada e cheiro de xixi por todos os lados...

sábado, 5 de junho de 2010

Em casa, deitada no meu sofá e me esforçando ao máximo para não pegar no sono antes da hora. Esta noite eu preciso dormir 8 horas. No mínimo.
Preciso comprar roupinhas de inverno, porém tenho preguiça só de pensar em ir até a loja de roupas. Quero ir ao cinema, mas não sozinha. Tenho que treinar amanhã cedo de qualquer jeito (peso na consciência do jantar mega calórico de ontem), então não posso dormir tarde.

Tudo isto é bobagem. O que eu quero mesmo é te ver.
"...há horas em que não se quer ter sentimentos". Clarice
E você me mandou uma nova msg, quase a meia noite. Não sei são. Fico sem entender...

Alter ego ou Alterego (tanto faz)

AMEI a peça da Mônica Martelli. É uma comédia, mas no meu atual estado de espírito, cheguei a me emocionar quando ela dedicou o espetáculo a todas as "Fernandas" presentes na platéia (nome da sua personagem). Me deu uma vontade enorme de escrever para ela dizendo o quanto foi importante rir de todos os clichês representados por ela. Me fez sentir menos estranha no ninho. Recomendo!!!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Agora pela manhã, após 11 horas de sono, me sinto melhor. O barulho dos passarinhos na minha rua lindinha e céu azul clarinho ajudam bem tbém. De saída para a academia. O dia vai ser bom.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

E eu vou dormir cedo hoje. E acordar cedo amanhã. E nadar muito (minutos, não horas prometo!) e depois treinar na esteira. E liberar toda energia na cadimia. E depois fazer mão. E papar na mamãe. E trabalhar a tarde. E dormir a noite. E só.
Só uma palavra resume meu estado atual: cansaço.
O que está acontecendo comigo? Resolvi viver em crise forever?
"...O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou


E são dois cílios em pleno ar
Atrás do filho vem o pai e o avô
Como um gatilho sem disparar
Você invade mais um lugar
Onde eu não vou


O que você está fazendo?
Milhões de vasos sem nenhuma flor

O que você está fazendo?
Um relicário imenso deste amor

Corre a lua porque longe vai?
Sobe o dia tão vertical
O horizonte anuncia com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por esta noite

Porque está amanhecendo?
Peço o contrario, ver o sol se por
Porque está amanhecendo?
Se não vou beijar seus lábios quando você se for

Quem nesse mundo faz o que há durar
Pura semente dura: o futuro amor
Eu sou a chuva pra você secar
Pelo zunido das suas asas você me falou

O que você está dizendo?
Milhões de frases sem nenhuma cor, ôôôô...

O que você está dizendo?
Um relicário imenso deste amor

O que você está dizendo?
O que você está fazendo?
Por que que está fazendo assim?
...está fazendo assim?

Desde que você chegou
O meu coração se abriu,

Hoje eu sinto mais calor
E não sinto nem mais frio,

E o que os olhos não vêm
O coração pressente,
Mesmo na saudade
Você não está ausente

E em cada beijo seu
E em cada estrela do céu
E em cada flor no campo
E em cada letra no papel

Que cor terão seus olhos
E a luz dos seu cabelo
Só sei que vou chamá-lo
De Esmael, Esmael..."
"... é tanto medo de sofrimento, que eu sofro só de pensar..." Esta foi a frase da semana. Mil crises. Todas elas dissolvidas c/ uma simples troca de msg´s no período da tarde. Incrível, mas estou apaixonadinha por você.