sábado, 29 de agosto de 2009

Ato ou Pensamento recorrente

Quando eu penso que já me esqueci de tudo (e de você), um pensamento aqui, outro lá, entra na minha casinha a medida que a noite avança, deita do lado do meu travesseiro e me diz bem baixinho: "não vai ser tão fácil esquecer tudo que você fez nos momentos que esteve com ele". Não há dúvidas que estou menos vulnerável, que a constatação que você foi (é?) uma farsa me ocorreu outro dia na minha sessão de terapia como algo mais óbvio de todos os tempos e blá, blá, blá. Mas outro dia, neste exato momento de deitar minha cabeça no travesseiro, puxar me edredon para cima do meu peito e me virar do lado, me lembrei, quase que como um filme, de todas as vezes que abri a porta do seu quarto. Me "assisti" entrando naquela casa, atravessando a sala, subindo as escadas e abrindo aquela porta 10, 20, 30 vezes, em diferentes dias, horários e situações. Única coisa que não mudava: a sensação de ansiedade que me dava toda vez que colocava a mão naquela maçaneta, e forçava a abertura da porta.

Uma perfeita idiota era eu naqueles momentos.

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